🌐 Em uma Era Digital, Ainda Vai Existir Cultura?
Participei esta semana de um bate-papo promovido pelo The Interchange Institute, e saí com o coração pulsando e a mente inquieta. O tema era provocador: “Qual será o futuro da cultura?”
Com tantas mudanças tecnológicas, realidades digitais e fronteiras cada vez mais fluidas, será que cultura ainda vai importar em 2125?
Essa pergunta ficou ecoando dentro de mim. Como mãe imigrante, autora e alguém que vive entre idiomas, fuso-horários e hábitos, essa conversa não era só teórica. Era íntima.
🧳 A Cultura Que Carregamos (E a Que Inventamos)
No nosso jantar de ontem teve pão de queijo de queijo suíço e uma conversa em “portugês-francês-inglês” improvisado.
E eu me pergunto: Será que minha filha vai herdar a minha cultura—ou só os vestígios dela, misturados com o que o algoritmo do YouTube recomendar?
Cultura, percebi, não é uma mala cheia que você leva pra onde for.
É o jeito como você escolhe amar, acolher, cozinhar, ensinar.
E talvez, no futuro, a pergunta não seja mais “De onde você é?”
Mas sim: “Quantas culturas você habita hoje?”
💭 O Que Mais Me Tocou
Uma fala me atravessou como faca quente na manteiga: “O que acontece com a empatia quando não é mais preciso cruzar fronteiras para viver globalmente?”
Em um mundo onde tudo é instantâneo, será que ainda vamos conseguir sentir com o outro? Ou só sobre o outro?
🌱 Pra Onde Vamos (e o Que Vamos Passar Adiante)
A verdade é que cultura vai seguir existindo.
Mas talvez de um jeito mais fluido, mais coletivo, mais híbrido.
Como um bordado em constante costura.
E como mãe, eu não quero só preservar raízes.
Quero ensinar minha filha a plantar novas—em qualquer solo que ela escolher viver.
E se cultura ainda vai importar em 2125? Acredito que sim.
Mas talvez do jeitinho que a gente já tá vivendo agora: de forma imperfeita, sincera e profundamente humana.
Com o mundo cada vez mais digital e global, me peguei perguntando: será que cultura ainda vai importar em 2125? Neste texto, compartilho uma reflexão íntima a partir de uma conversa poderosa sobre identidade, pertencimento e maternidade fora do Brasil.